3 de setembro de 2015

Entrevista: Maurício Gomyde

A entrevista de hoje é com o Maurício Gomyde, autor de O Mundo de Vidro, Ainda Não Te Disse Nada, O Rosto que Precede o Sonho, Dias Melhores para Sempre, A Máquina de Contar Histórias e o novo livro Surpreendente!.

Leio na Rede, Gaby Monteiro
Foto: Divulgação


Leio na Rede:  Quando descobriu que queria ser escritor?

Maurício Gomyde: Não me lembro muito bem se houve um momento específico, um clique. Acho que foi algo natural, que veio se consolidando. Sempre gostei de escrever, é fato. E lá no início, quando decidi lançar “O Mundo de Vidro”, foi bem aquela coisa de tirar da gaveta os escritos e deixar a turma ver o que achava. Penso que foi uma decisão acertada. Rs.

Leio na Rede:   Suas personagens são invenção de sua cabeça ou baseadas em conhecidos e amigos?

Maurício Gomyde:Há muito de invenção, mas sempre coloco características de pessoas que conheço. Não teria como ser diferente, afinal de contas escrevo muito sobre coisas que conheço. Nos casos em que coloco personagens baseados em pessoas reais (em 3 livros fiz isso), a relação é mais direta. Em “Surpreendente!” há uma personagem, a Mayla, que é baseada na Bruna Mayla, menina que ganhou uma promoção para ser personagem.

Leio na Rede:   O que não pode faltar em um livro para você?

Maurício Gomyde: Gosto muito da relação da literatura com a música, e acho que livros que fazem esta conexão mais direta acabam, pelo menos para mim, sendo mais interessantes. Não digo, necessariamente, livros que tratem de música. Mas de cenas que tenham canções, ainda que de fundo. Isso torna a experiência da leitura mais bacana.

Leio na Rede:  Quais os maiores desafios que você enfrentou na carreira literária?

Maurício Gomyde: Como fiquei muito tempo no independente, o maior desafio sempre foi, claro, tornar o trabalho conhecido. Mas as redes sociais ajudam muito e consegui minimizar os efeitos da precariedade da divulgação pesada que uma editora consegue.

Leio na Rede, Gaby Monteiro


Leio na Rede:  Você publicou 4 livros de forma independente e agora publicará pela Intrínseca, quais as diferenças desses tipos de publicação?

Maurício Gomyde: Lembrando que “A Máquina de Contar Histórias” já havia saído pela Novo Conceito, acho que a diferença básica entre os dois processos está na divulgação e no alcance em lojas que o trabalho da editora pode conseguir. O independente é aquela coisa de você controlar todo o processo, desde a escrita até a venda, passando pela divulgação e coisas técnicas relacionadas à produção. Já a editora cuida de quase tudo e é um trabalho a muitas mãos.

Leio na Rede:   Quem você admira no mundo literário?

Maurício Gomyde: Atualmente admiro sobremaneira todos os novos autores surgidos na era internet. Muita gente boa, cada um batalhando seu espaço sozinho. Abrindo o caminho na mata com machadadas muitas vezes cansativas e que, aparentemente, não dão resultado. Não citarei nenhum autor especificamente, aqui, pois são muitos e eu certamente deixaria alguns de fora.

Leio na Rede:  Qual sua parte favorita no processo de escrita e publicação de um livro?

Maurício Gomyde: Ah, sem dúvida alguma é o processo de escrita em si mesmo. Aquele puro e simples, eu comigo mesmo em meu escritório, nas manhãs silenciosas. Entrar na cabeça dos personagens, viver os cenários, partilhar as experiências junto de suas criações. Todo o resto é consequência disso. Nada depois faria sentido não fosse esse momento de criação.

Leio na Rede:  O que você mais gosta no mundo literário?

Maurício Gomyde: De conhecer as pessoas. Fiz tantos amigos (autores, leitores, livreiros, editores, etc.) que não há nada mais gratificante.

Leio na Rede, Gaby Monteiro


Leio na Rede: O que podemos esperar de seu novo livro Surpreendente! ?

Maurício Gomyde: É um livro sobre o valor da amizade. Tem muito cinema, muita música. É um “road book”, e acho que as pessoas vão se emocionar com o que vão ler.

Leio na Rede: Deixe um recado para os jovens leitores e futuros escritores.

Maurício Gomyde: Jamais desista de seus sonhos mais verdadeiros. Nada é fácil se você não se dedica, mas se, ao contrário, você tiver persistência e tiver em mente onde deseja chegar, uma hora chega. E não faça nada pensando em “sucesso“, no sentido mais efêmero do termo. Ter sucesso é fazer o que se gosta, e o reconhecimento dos outros é consequência.

Gostaram da entrevista? Não deixem de acompanhar o trabalho do Gomyde e ler os livros, são incríveis! Mais uma vez obrigada Maurício por topar fazer a entrevista!

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