Resenha: Finding Audrey

Kinsella, Sophie. Finding Audrey, 2015.

O primeiro livro juvenil da autora britânica é narrado por Audrey, uma garota de 14 anos que sofre com transtorno de ansiedade e depressão. 

Com uma linguagem simples e engraçada, Audrey nos apresenta seu mundo e sua família. A garota que sempre usa óculos escuros por ter medo do contato visual, nos conta as brigas que sua mãe tem com seu irmão Frank e nos deixa entrar em seu cérebro “lagartixa”. 

Anne, mãe de Audrey, é super dedicada a seu papel de materno e é viciada no jornal Daily Mail, viciada mesmo, tudo o que é reportado no jornal vira lei na casa. Chris, pai da família de três filhos, é calmo e cuidadoso e consegue lidar com as crises de sua mulher e os problemas da casa, bem, quase sempre. Frank, o filho mais velho, é viciado em LOC, Land of Conquerors, hábito que a mãe faz questão de cortar, já que saiu uma reportagem no Daily Mail falando quais são as consequências do uso continuo da tecnologia. Audrey é a filha do meio e ainda tem um irmão de quatro anos, Felix.

Audrey, por recomendação da psicóloga Dra. Sarah, produz um documentário sobre sua família e as cenas desse roteiro são sempre divertidas. Outro personagem fundamental para a história é Linus, amigo de Frank e companheiro de LOC. Linus ajuda Audrey em sua recuperação e vivencia momentos bem doidos junto dessa "família serena”.

Sophie nos apresenta uma família engraçada, que discute as falhas e retrata vários momentos rotineiros que passamos entre quatro paredes com os familiares. Adorei a ironia utilizada na narração e em praticamente todas as falas de Frank. Como em todos livros da Sophie, gargalhei durante a leitura e me diverti bastante com esses novos amigos. Fiz a leitura do livro em inglês e foi bem tranquilo, a linguagem não é complicada e ainda consegui aprender expressões cotidianas dos ingleses. A minha edição é Hardcover, então tem uma capa de papel e a capa dura em si, nesta tem uma impressão bem sutil da face de Audrey (não sei se deu para ver direito na foto) e o nome do livro novamente na lombada. O livro já foi traduzido para português e lançado pela Galera Record com o nome À Procura de Audrey.

Gostei muito do livro, mas acho que faltou uma explicação melhor sobre o que aconteceu com Audrey para deixá-la dessa forma. As reflexões que o livro trazem sobre bullying e aceitação são ótimas e fico feliz que a autora tenha se aventurado pelo mundo literário juvenil, quem sabe não lemos um dia um livro com a filha da tão adorada Becky Bloom adolescente? Eu ia adorar!

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