Andrews, Jesse. Eu, você a garota que vai morrer, 2012.
Foto: Thiago Monteiro |
O livro é narrado por Greg Gaines, um garoto que consegue passar despercebido na escola e gosta de fazer filmes com seu único amigo Earl. Com uma narração extremamente irônica, Greg conta sobre o seu último ano no colégio e como tudo mudou nesses 12 meses, analisa os comportamentos existentes na escola e narra seus momentos com Rachel, a menina com leucemia.
Logo na introdução, o narrador-personagem deixa claro que esse não é um livro para provocar reflexões ou mostrar uma lição de vida. É, na realidade, um livro sem objetivo, mas mesmo assim você continua passando as páginas até acabá-lo. O formato dessa história é diferente, no meio do texto corrido a narração passa a ser como um roteiro de cinema ou em tópicos, trazendo dinamicidade ao ritmo de leitura.
Foto: Thiago Monteiro |
É uma leitura leve, boa para passar o tempo, mas lembre-se que é extremamente irônico e contém conversas de dois jovens adolescentes com muito hormônio no corpo. Então alguns diálogos são diretos, um pouco soltos e com comparações bizarras. Você vai encontrar palavrões também e alguns comentários nada sensíveis, que até o narrador reconhece que são deseducados. É como se conhecesse o Greg em uma fila de espera e conversassem sobre a vida, é essa a profundidade e o estilo de diálogo com o leitor que o livro apresenta.
Eu, você e a garota que vai morrer é diferente de tudo que já li, o autor consegue inserir o leitor na mente de um adolescente extremamente crítico e preocupado com o que os outros acham dele. Uma vez que se aceita estar nessa mente, grande parte das passagens narradas são entendidas. Definitivamente não é um livro “tradicional" de romance, mas é especial do seu jeito, é no fundo bem real. Gostei da leitura, ri um pouco, mas não me acrescentou muita coisa, acho que cada um deveria ler e tirar suas próprias conclusões ao embarcar na mente de Greg Gaines.
O livro foi adaptado para o cinema com o roteiro escrito pelo próprio autor e é estrelado por Olivia Cooke, Thomas Mann e RJ Cyler.
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