A entrevista de hoje é com Augusto Alvarenga autor do livro Um Amor, Um Café e Nova York.
Foto: Augusto |
Leio na Rede: Quando você decidiu que queria
escrever um livro?
Augusto: Eu nunca tive muito a ideia de escrever um
livro. Eu sempre escrevia crônicas, e um dia um amigo que também escreve me
pediu para fazer um conto. Eu fiz esse conto, e ele gostou, junto com alguns
amigos meus que também leram. Eles pediram mais, e aí eu fui fazendo a
continuação daquele conto que eu percebi que podia virar um livro. Depois eu
juntei tudo e eu tinha o livo (Um Amor, Um Café e Nova York).
Leio na Rede: Como a história de Um Amor, Um Café e
Nova York surgiu?
Augusto: A ideia surgiu com o desafio de fazer um
conto (como eu disse na pergunta anterior). Esse conto era sobre uma menina que
estava entediada e recebia uma ligação do namorado dos “sonhos”, dizendo que
tinha uma surpresa. Ele vai até a casa dela com esse suspense, e esse se tornou
o primeiro capitulo. Percebi que era possível fazer mais “contos” a partir
desse, e aí fui formando a história toda. A história é sobre sonhos, a
realização deles e também sobre escolhas, então há muito de mim no livro,
muitos sonhos e coisas que eu gostaria de viver.
Leio na Rede: Como foi o processo de buscar uma
editora?
Augusto: O processo de encontrar uma editora é
sempre meio complicado. Eu havia mandado o livro para três editoras “grandes”
em 2013 (sendo que escrevi o livro em 2011), e até hoje eu não obtive resposta
de nenhuma delas. Fiquei desacreditado por isso, e deixei meu livro abandonado
na estante por quase um ano. Eu tinha um exemplar do livro feito, que foi meu
trabalho de conclusão de um curso técnico que eu fiz de Comunicação Visual
(Design Gráfico), e um dia uma amiga me pediu para ler. Eu deixei, e dois dias
depois ela me mandou uma mensagem dizendo que tinha amado a história e que eu
não podia desistir dela: eu precisava publicar.
Aí, começei a procurar editoras pagas (daquelas que cobram
pra “fabricar” seu livro), e todas eram muito caras. Eu juntei com essa amiga
(que entraria financeiramente no projeto) e mais uma (que ficaria responsável
por acrescentar artes no livro) e estávamos realmente dispostos a fazer uma tiragem
de 200 exemplares e correr para vender. No entanto, um dia fui ao shopping e vi
na vitrine o livro de (até então) uma conhecida minha, que era também da minha
cidade e um ano mais nova que eu. Peguei o livro e gostei do material e do
trabalho da editora, pensando que se eu fosse pagar pela publicação, eu queria
um trabalho bem feito.
Entrei em contato com essa editora em agosto de 2014 e mandei
um e-mail perguntando quanto eles cobrariam pela publicação. Eles responderam
quase imediatamente dizendo que se gostassem do meu livro, iriam “custeá-lo”.
Gostaram, e em outubro meu livro saiu.
Leio na Rede: Qual seu processo de escrita? Você
esquematiza todo o livro antes de desenvolvê-lo ou simplesmente vai escrevendo?
Augusto: Com o “Um Amor, Um Café e Nova York” eu
não esquematizei nada… Fui tendo ideias e fui escrevendo tudo. Com a
continuação (que estou quase acabando), eu já fiz os principais acontecimentos
que eu queria, meio que em uma ordem. Mas já mudei algumas coisas e recheando o
que acontece “entre” os meus plots principais. E comigo acontece muito aquela
coisa de “a história se escreve”. Então, as vezes por mais que eu tenha tudo
“planejado”, a história cria seu prórpio rumo e acabo modificando coisas (eu
não tinha pretensão de escrever o terceiro livro, mas tanta coisa surgiu na
minha cabeça enquanto fazia o segundo que agora já acho que será preciso o
terceiro). E isso é bem gostoso – quando a história que você escreve te surpreende.
Leio na Rede: Seus personagens são baseados em
pessoas conhecidas ou você os criou totalmente?
Augusto: Eu acho impossível “inventar” alguém
completamente aleatório. Não parece real pra mim, não consigo me conectar muito
bem e acaba ficando chato ou raso demais. Então, meus personagens sempre
parecem físicamente com alguém que eu conheço, e tem características de amigos
meus, parentes e coisas assim. Apesar de eu não ter um personagem completamente
inspirado em alguém ‘real’, do meu ciclo de relacionamentos.
Leio na Rede: Como você se sente com o feedback que
os leitores do livro estão te dando?
Augusto: É a melhor coisa. É você ter seu trabalho
reconhecido, aceito, inspirando outras pessoas. Dá mais gás aos meus sonhos e
planos e faz com que eu escreva com mais objetivos e felicidade. Fico muito
feliz sempre que alguém me diz que comprou o livro, gostou, adorou e recomendou
para a amiga. É realmente muito gratificante.
Leio na Rede: O que podemos esperar de Um Amor, Um
Café e Nova York 2?
Augusto: No “Um Amor, Um Café e Nova York 2”, eu
estou aprofundando bastante na (spoiler) carreira da Camila, seus sentimentos e
o mesmo em relação à Marina e o Pedro. Estou desenvolvendo a história deles bem
mais também, a relação dos três e a vida maluca que é (spoiler) a vida de
artista da Camila em Nova York. Tem reviravoltas no romance dela com o
Guilherme, personagens novos e susrpresas por aí.
Leio na Rede: Quem você admira no mundo literário?
Augusto: Minha resposta é, em primeiro lugar, Paula
Pimenta. Acompanho a Paula há mais ou menos 4 anos, e ver o quanto ela cresceu
e conquistou é lindo e inspirador. Mas conheci outros autores maravilhosos ano passado,
e passei a admirá-los mais e mais. Autores como Tammy Luciano, Bruna Vieira,
Clara Mello e Babi Dewet são outros autores que admiro: carreira, carisma, determinação e escrita. Na verdade, eu admiro muito os autores nacionais, por sonharem tanto e por correrem atrás dos sonhos nesse mundo louco dos livros, especialmente no Brasil onde não somos lá tão valorizados.
Leio na Rede: Qual seu livro favorito?
Augusto: Pergunta difícil! Eu amo A Culpa é das
Estrelas e Cidades de Papel, do John Green. Foram livros que realmente me
marcaram, assim como os “Fazendo meu Filme” da Paula Pimenta. Eu também sou
completamente apaixonado por “Como eu era antes de você”, da Jojo Moyes, e
também adoro distopias tipo Jogos Vorazes, Divergente, A Seleção… eu não sei
qual é meu livro numero 1, gosto de muita coisa mesmo…
Leio na Rede: Deixe
um recado para os jovens escritores e leitores.
Augusto: O principal
recado que eu deixo é: leiam muito e escrevam muito! Acima de tudo, acreditem
nos seus sonhos, no seu trabalho e no seu potencial. Não se intimide com
“nãos”, não desista! E boa sorte!
Mais uma vez obrigada Augusto por topar fazer esta entrevista, estamos ansiosos para Um Amor, Um Café e Nova York 2! Se você ainda não leu o primeiro volume, o que você está esperando?
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